Oralidade e escrita
Na construção da leitura deve-se trabalhar a oralidade de uma forma primordial desde a educação infantil, sobre isso Bühler comenta “antes do aparecimento da fala a ação se torna subjetivamente significativa”. (p.48). Logo, o contato social relativamente complexo da criança leva a mesma a um desenvolvimento precoce com relação aos meios de comunicação facilitando assim a verbalização do pensamento.
As crianças inicialmente imitam o formato da escrita do adulto, produzindo apenas rabiscos mecânicos sem nenhuma função significativa, e no processo de alfabetização elas terão a assimilação dos mecanismos de escrita simbólica interagindo com o uso da língua escrita que observam na vida cotidiana. Nessa etapa, o docente não deve corrigir a produção da criança dizendo “está incorreto”, pois é através do erro que ela aprenderá a construir seu pensamento, que aos poucos corrigirá suas dificuldades O docente deve considerar isso como uma evolução no desenvolvimento da criança proporcionando o processo de ensino e aprendizagem. Sobre essa questão Vygostsky, enfatiza que a linguagem escrita deve ser aprendida como ‘algo vivo’ em que o aspecto mecânico deve ser deixado para a culminância do processo de alfabetização.